segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Esqui em Sierra Nevada

Resolvi dividir em dois posts porque o anterior já estava bem extenso e, no mais, deixo um só para falar sobre Sierra Nevada.

Como no sábado, acordamos cedo para viajar. O último ônibus para o nosso destino saía às 10h e, como ainda tínhamos que comprar as passagens, tivemos que chegar um pouco mais cedo à estação. A viagem, normalmente, dura 45 minutos, mas acabamos por pegar um mini engarrafamento na chegada à estação de esqui.

As meninas todas estavam afim de esquiar, só eu que não tava muito adepta à ideia. Ainda assim, logo que chegamos fomos logo procurar um lugar onde pudéssemos alugar todo o equipamento e aprender a, pelo menos, ficar em pé nos esquis. Fomos a uma loja que tem escola no nome, mas não lembro exatamente qual é. Fica do lado direito de quem vai chegando e a galera é super simpática e solícita, logo arranjou um professor e nossas roupas. Além de disponibilizarem um lugar onde pudéssemos deixar todas as nossas tralhas - levamos tudo com a gente, já que voltaríamos para a estação onde pegaríamos o ônibus para Sevilha e deixar as coisas no hostel seria altamente contramão.

Gordinha se preparando para virar bola de neve

Demorou um tempinho para todas conseguirem se vestir, mas depois já fomos comprar nosso "bilhete" para meio-dia de esqui e subimos para encontrar o professor. A aula começava às 14h e, como chegamos antes, aproveitamos para fazer um almoço leve (só que não) e não cair de fome ao longo da tarde.

Às 14h, em ponto, encontramos o professor e fomos para o lugar onde teríamos aulas. No meio do caminho tinha uma esteira, e foi aí que eu fiquei ahahaha Ju já tinha se desequilibrado antes e parou, na minha frente. Não sei qual foi a influência disso no que aconteceu comigo, mas, quando percebi, já tava no chão com os esquis e tudo ahahahaha Ficamos rindo que nem duas lesas e o professor mandou a gente ir andando pela rampinha que tinha ao lado :P

Lá em cima, a aula começou por "como colocar os esquis". Muito blá blá blá, necessário, é verdade, mas muito chato. Daí, passamos para como ir para frente, para trás, girar para esquerda, direita, frear... um saco e todo mundo já tava "por que danado quis fazer isso?". Até que o professor falou que subiríamos mais um pouco e DESCERÍAMOS ESQUIANDO! \o/ No começo, fomos bem devagarzinho, mas já foi super legal. Depois, fomos acelerando até que, no final, ele propôs que fizéssemos uma "corrida" ahahaha Tirando as desavenças entre Clarice e Amanda, que quase causam (trava-línguas nível 1) um acidente gravíssimo (tô de brinks!), tudo passou muito bem e foi super legal!

Já cansada de subir pra poder descer, resolvi tirar os esquis e brincar de fazer anjinho na neve <3 Uma criança que só pensa no agora, esqueceu completamente que ia morrer de frio depois ahhaaha Mas foi tão legal que nem liguei.

Criança feliz congelou o nariz


Descemos, comemos mais um pouquinho, já que ninguém fez isso a viagem toda, tiramos umas fotos e fomos esperar o bus de volta para Granada. Na fila, conhecemos uns gaúchos que estão morando pela Espanha. Conversamos rapidinho e já era hora de subir no ônibus. Nos encontramos, novamente, na estação de ônibus em Granada e fizemos uma foto com brasileiros de todas as partes =)

Brasileños en España

Voltei para casa morta de cansada, mas feliz da vida com esse fim de semana deli, cheio de gente linda e comida boa. Que mais que posso pedir, hein? (todos vocês por aqui, né? ahahaha saudades, seus lindos!)

Ainda em Granada...

Como prometido ontem há tanto tempo que ninguém mais lembra, cá estou eu para mais um post. Disse que contaria, antes, o meu primeiro fim de semana em Granada porque ele influenciou muito a minha volta à cidade. Acontece que, no dia em que as aulas começaram, já conheci umas brasileiras gente boa e, contando de quando tinha chegado à Espanha e do que havia feito até então, falei do "walking tour" pelas cavernas hippies do Sacromonte. Elas ficaram muito afins de ir e, já que não tinham nada programado para o fim de semana, decidiram que iriam a Granada. Resolvi ir junto porque, no fim de semana anterior, não tinha conseguido ir à Alhambra e todas as pessoas para quem eu falei isso disseram que eu deveria voltar lá para visitar os palácios. Sendo assim, compramos passagem, reservamos albergue, agendamos a visita e, na sexta, logo depois da aula, fomos direto para a estação de ônibus esperar a hora de partirmos para Granada.

Assim que chegamos, fizemos o check-in e saímos para comer, já que estávamos morrendo de fome e tínhamos um "pub crawl"* a vista :P Tentamos ir no restaurante chinês onde tinha ido no fim de semana anterior, mas estava lotado. Procuramos algum outro de tapas por perto, mas a fome era tanta que acabamos entrando no mais arrumadinho que tinha na mesma rua.

Prato de tapas delícia =D

Fizemos nossos pedidos, regados, basicamente, a vinho tinto (ai, delícia!), e logo o garçom trouxe dois pratos feito esse aí de cima. Confesso que devorei a parte que me cabia desse minifúndio (gordinha mode on full time) e não prestei muita atenção a que carne era, mas quase certeza que era porco. Depois vieram os nossos pratos, os quais não foram fotografados porque ninguém levou câmera pro restaurante e, quando chegaram, todos os celulares já tinham morrido ehehehe Mas tava tudo uma delícia!


Depois de uma parada técnica em nosso quarto no albergue, descemos pra nos juntar à galera que também ia pro "pub crawl". O primeiro "chupito" foi logo no bar do hostel e, pelo que provamos, a noite prometia! Saímos de lá, passamos por mais dois bares, também com "chupitos" grátis, e, por último, fomos para a "Camborio", uma discoteca que funciona em uma caverna do bairro hippie.

Chupitos

Uma coisa que só depois descobri é que a noite espanhola só começa às 3 da manhã. Isso quer dizer que, até chegarmos à boate, os bares estavam bem caidinhos e até pensamos que o pub crawl ia ser um fiasco. A boate, por sua vez, tava lotada e só fomos embora porque tínhamos que acordar cedo para visitar a Alhambra no dia seguinte.

Alhambra e Flamenco

No sábado, acordamos cedo, pois tínhamos que estar na Alhambra às 10h. Tomamos café da manhã no hostel e fomos direto, descobrir por que tanto falavam desse lugar. É um conjunto de palácios da época em que os árabes dominavam a região da Andaluzia (a província de Granada foi a última a ser conquistada pelos reis cristãos), com uma arquitetura linda e jardins belíssimos e super agradáveis no verão, acredito - é, porque foram planejados para o calor, só que aqui é inverno e em Granada faz um frio desgraçado ahahahaha

Granada vista de dentro da Alhambra - no canto direito da foto, um pedaço da muralha que cercava a cidade


Pequeno jardim dentro do Palácio

Apesar de dizerem que os opostos se atraem, eu tenho um talento natural para encontrar meus iguais. Isso quer dizer que, além de serem gente boa (ou o são justamente por isso), as brasileiras também são umas gordinhas de marca maior =D ahahaha Confesso que pulamos (ou fizemos muito rapidamente) a visita a algumas partes dos palácios e dos jardins do Generalife porque estávamos com muita fome e queríamos voltar logo para a cidade - além do mais, as meninas tinham que estar no albergue às 15h para fazer o tão esperado walking tour.

Fomos almoçar num restaurante de tapas que o recepcionista do albergue havia indicado na noite anterior, mas estávamos com fome demais para procurar. É o "Babel", que tem esse nome justamente por ter comidas "do mundo todo" e, quando pedimos uma bebida, podemos escolher o que queremos comer. Comemos MUITO! Vocês não têm noção. E a concentração foi tanta que nem foto dos pratos fizemos - se bem que o que valia uma foto, mesmo, era a nossa cara quando, finalmente, pedimos uma refeição e veio uma porção gigante :P

Voltamos para o hostel e eu aproveitei para descansar enquanto as meninas faziam o passeio que eu já tinha feito. Sabe-se lá por que, o guia resolveu que não ia fazer o passeio naquele dia e elas resolveram sair para andar sozinhas

Quando voltaram, descasaram um pouco e, de tanto eu pentelhar para sairmos (já que tinha descansado a tarde toda ;)), fomos para uma tetería antes de irmos para o flamenco. Uma tetería é uma casa de chá, árabe, onde se pode fumar cachimba (narguilé ou shisha, dá igual). Quase grito de alegria quando vi no cardápio que tinham VITAMINA DE ABACATE! =D Pedi na hora, mas nada se compara à que Nanda faz lá em casa <3 Tava gostosa, mas muito rala e passava longe a possibilidade de tomar a colheradas.

Para terminar a noite, fomos ver o flamenco "mais barato e menos turístico" que podíamos ir ehehehe Era pertinho de onde estávamos, um lugar pequeno, também num tipo de "caverna", e gostei muito do que vi. Pedimos sangria e mais comida. Dessa vez, as tapas não acompanhavam as bebidas e tivemos que pagar por elas.

Las chicas - Thaís (SP), yo, Amanda (BA), Ju (RS), Sabrina (RJ) e Clarice, que mora na Madalena, do ladinho de casa :P

Sobre o show, não tenho muitos recursos técnicos para comentar. Só sei dizer que gostei do que vi e que as partes em que a mulher dança são bem mais legais que as partes em que só tem o cara cantando. Consegui entender algumas coisas das letras e é muuuuuuuuuuuuita roedeira! ahahahaha

O cantor e a bailarina, que tá escondendo o cara que tá ownando muito na "guitarra flamenca" - foto por Amanda

Continua...

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*Traduzindo: de bar em bar

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Granada, o começo

Já faz um tempo que estou para escrever sobre Granada, até comecei um post, mas o andamento das coisas por aqui acabou fazendo com que eu o deixasse de lado. Aí acabou que fui passar mais um fim de semana por lá e não existe entidade da cara lavada que não tome vergonha numa situação dessas e se prontifique a contar o que aconteceu, né?

Pois bem, no princípio era o verbo e eu, como uma pessoa organizada que sou, não vou conseguir não seguir a ordem cronológica das coisas, até porque um fim de semana teve (grande) influência no outro. Entonces, sigam-me os bons!

O meu primeiro fim de semana em Granada, foi, na verdade, o fim de uma longa jornada. Era minha primeira semana na Espanha, sem casa, pulando de albergue em albergue com um monte de bagagem, viajando à noite pra conseguir "dormir" e não perder um dia de passeio. Conhecendo meu jeito gordinha de ser, podem imaginar que um caco ainda estava melhor que eu ehehehe

Cheguei super cedo no albergue e não pude fazer logo o check-in. O cara me mostrou o lugar onde podia deixar as malas para dar uma volta, se quisesse, mas por várias razões achei melhor ficar no (quase) quentinho do sofá na "recepção" do hostel. E ainda me deixaram tomar café da manhã \o/

Na alegria que estava, só pensava que tinha sido a maior ideia de jerico ficar perambulando por aí e que só queria chegar logo em Sevilha. Até cogitei esquecer que tinha reserva no albergue e voltar pra cá ainda no sábado, mas lembrei que sou brasileira e não desisto nunca.

Como já tava no inferno, abracei o capeta e resolvi participar do "walking tour" que o barman do albergue oferece todos os dias, à tarde. Era um passeio pra ver os grafites da cidade e umas cavernas. Por que não, né? Mal sabia eu que estaria indo pra um dos passeios mais legais que já fiz até agora.

Saímos do albergue e fomos andando pelas ruazinhas estreitas de Granada, subindo escada, ladeira, botando os bofes pra fora e quase pedindo pelo amor de quem quer que fosse que aquilo acabasse logo, mas a cada canseira que dava a vista ficava mais bonita e eu tomava coragem pra continuar (sem babaovice nem bobagem nenhuma, mas ter feito o exame de faixa do Krav Maga foi fundamental no processo todo).


Grafite nas ruelas de Granada
Granada vista de cima - ainda na 1ª parada

Passamos por dois mirantes, o de San Cristóbal e o de San Nicolás. Os dois com vistas belíssimas da cidade, claro, "amparada" pela Serra Nevada.

Generalife, à frente, e a Serra Nevada ao fundo - vista do Mirador de San Cristóbal

Continuamos subindo até chegar ao bairro de Sacromonte, onde estão as cavernas hippies da cidade. O guia contou que ele é um dos poucos que pode levar gente lá porque morou um tempo com a galera. E que o bairro de Sacromonte, na verdade, era como uma outra cidade, construída pelos ciganos, que só podiam ficar na cidade durante o dia e tinham que ir para fora dos portões quando esses fossem fechados - não sou boa de data nem tô afim de pesquisar no google agora, mas acredito que todos saibam que, em alguma época no passado, as cidades eram rodeadas por muralhas e havia portões controlados, para que ficassem protegidas dos invasores.

Caso ainda não tenham entendido, há, em Granada, um monte no qual, há algum tempo, as pessoas "constroem" cavernas e fazem delas suas casas. Vivem de graça, num esquema altamente roots, e aceitam qualquer pessoa que queira viver com eles - não me perguntem como é o esquema com eletricidade, banho e demais coisas da vida moderna. O que sei é que vi algumas placas de energia solar numas casas e o guia disse que tem um rio no qual eles podem se banhar - considerando o frio que fazia lá, acredito que isso só venha a acontecer lá pra março ehehehe

Fim de tarde no Sacromonte - essas casinhas bonitinhas são todas cavernas habitadas por hippies Oo

Por fim, descemos pelo Camino de Sacromonte, uma rua por onde passam carros e que faz a ligação do monte com a cidade. É também onde estão as melhores e mais caras casas de flamenco de Granada - em uma delas, a Cueva La Rocio, tem uma foto dos artistas com a Sra. Obama, que esteve lá em sua última visita à Espanha. Chique, né?

Grafite feito por "El Niño de las Pinturas", um dos grafiteiros mais famosos de Granada, em homenagem a Enrique Morente, grande cantor de flamenco.

Ao final do passeio, estávamos famintos e fui com uma polonesa e um inglês comer umas tapas* num restaurante chinês (como não amar a Espanha, hein?).

Vou ficando por aqui e espero amanhã conseguir contar como foi o outro fim de semana em Granada. Tem muita coisa acontecendo por essas bandas de cá, quero escrever muita coisa, mas acabo ficando sem tempo/com preguiça de sentar e escrever.

Pois pois, beijo grande pra você que chegou até aqui ahahahha

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*Tapas são como "tiragostos" e são muito comuns aqui na Espanha, especialmente na região da Andaluzia - onde estão Sevilha e Granada. Nesta última, ainda existe a tradição de servirem uma tapa com qualquer bebida que você peça, sendo que em alguns lugares você pode escolher o que quer comer e, em outros, não. Pra quem ainda não entendeu, é o seguinte: você chega num bar, pede uma cerveja/sangria/coca-cola/água (+- 2 euros) e, com isso, vem um pratinho de tiragosto.


terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Notícias breves

Post rápido, para contar brevemente como estão as coisas por aqui.

Cheguei domingo à casa da família com a qual estou vivendo. É um casal, que tem por volta dos 40 anos, e a filhinha deles de 3. São todos muito simpáticos e a pirralhinha é um amor, que adora camarão e chocolate (lembra alguém?) ^^ ahahaha

Domingo foi Dia de Reis, o que na Espanha quer dizer grande festa, com muitos doces e presentes para as crianças, além de feriado e véspera das rebajas (grande liquidação que acontece por aqui, com descontos de 30% até 70%, pelo que vi até agora). Como o feriado caiu no domingo e os espanhóis são mais vida boa que os brasileiros, ele foi transferido para a segunda e, no primeiro dia da liquidação, o centro da cidade estava uma loucura! Até tentei comprar alguma coisa, mas não tive paciência para enfrentar a multidão e acabei voltando para casa - até porque essa liquidação vai até o começo de fevereiro. Então, por que a pressa, não é mesmo?

Pois bem, hoje, finalmente, começaram as minhas aulas. Tive que chegar na escola às 8h30, o que, no inverno espanhol (pelo menos andaluz*), quer dizer que ainda está tudo escuro como se fosse 4h da manhã em Recife =~~

No primeiro dia de aula temos que chegar cedo para fazer o teste de nível, que consiste em uma prova escrita e uma breve entrevista oral. Meninas, só lembrei de vocês quando percebi que tinha sido a primeira a terminar, muito embora não tenha sido a primeira a chegar ehehehe

Enquanto os professores corrigiam, decidiam o nível e distribuíam os novatos nas turmas onde ficaríamos, saímos para um "reconhecimento" do centro da cidade com um dos professores da escola. Não sei se é porque eu já tinha estado aqui e me virado sozinha na semana passada, mas não achei nada empolgante.

Voltamos, finalmente, à escola e descubro que estou no nível B2. Nada mal para quem estudou muito pouco espanhol, né? =D Entregaram o material e, logo depois, já fomos para as aulas. Pediram para que não riscássemos os livros ainda, para ver se estávamos colocados nos níveis adequados, de fato. Pelo que vi hoje, acho que me classificaram bem e não quero mudar de nível, até porque, à tarde, tenho aula individual com um professor, então posso trabalhar os pontos que acho que ainda não desenvolvi bem.

Entonces, amigos, por hoje é isso. Ontem comecei a preparar um post sobre Granada, mas a vida não me deixou terminar, daí que devo fazê-lo dentro em breve (antes que o mundo se acabe novamente, prometo)

Beijos no <3 ehehehe

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*Sevilha é a capital da Andaluzia, uma região espanhola.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Valencia - Parte 2

Hoje, acordei e fui direto ao Mercado Central, que fica praticamente ao lado do hostel onde estou hospedada. Mercado é coisa linda demais, né gente? Muitas cores, cheiros, texturas... E eu, com minha fome matinal, nem sequer tirei a câmera da bolsa para registrar ahahaha O que importa é que comprei um copo de suco de laranja natural (ah, a Espanha...) e uma bandejinha de morangos gigantes e suuuuuuuuuuuuuuuuuuuper doces ^^ Felicidade pura na vida da pessoa aqui!

De lá, saí andando em direção à Carrer de Colón, para comprar um telefone espanhol para mim (e essa dependência da vida moderna de falar com todo mundo o tempo todo? Oo). Como o dia começou a esquentar, resolvi ir andando até a Cidade das Artes e das Ciências, que fica ao final do Parque Turia.

E agora, pausa para explicar o que ficou pendente no post anterior (e que, para mim, é a coisa mais legal de Valencia): quando o Rio Turia cortava a cidade, ele causava grandes enchentes toda vez que o nível da água subia. Decidiu-se, então, mudar o curso do rio e, agora, e circunda a cidade e não mais a corta. Vendo todo  aquele espaço sobrando, os governantes (sempre eles, muito sábios) decidiram que deveriam construir duas rodovias ali. O povo daqui, que não é besta nem nada, começou a plantar muitas árvores na surdina, até um ponto em que, percebendo a besteira que seria construir as rodovias, o governo decidiu por fazer, de verdade, o parque.

Parque Turia - tem como não amar os valencianos?

Gente, o parque é gigante e ocupa toda a extensão que o rio ocupava - ou seja, corta a cidade toda! Foi lindo passar por lá e ver famílias caminhando, pessoas andando de bicicleta, crianças brincando, velhinhos se exercitando nos aparelhos de ginástica funcional :o ... E, lá no meio, tem o Palau de la Música de Valencia, onde acontecem vários tipos de apresentações musicais.

Palau de la Música de Valencia, no meio do Parque Turia


Então, fui andando até a Cidade das Artes e das Ciências, obra do arquiteto espanhol Santiago Calatrava (o mesmo que está por trás do monumento lá do WTC), esperando entrar no Oceanogràfic, mas desisti quando vi o preço do ingresso =/

Resolvi voltar andando, para aproveitar um pouquinho mais do parque e do calorzinho que fazia durante o dia - juro que nem parece que tá inverno na Espanha (ok, de manhãzinha e à noite esfria um pouco, mas a tarde é uma delícia!). Ia almoçar alguma coisa saudável pela Plaza de la Reina, que é pertinho do albergue, mas no meio do caminho tinha uma gordice e não resisti ^^

Não sei se quem já veio à Espanha de vocês conhece a rede de hambúrgueres (tá certo isso, produção?) Tommy Mel's. Vi agora no site deles que eles só têm loja na Espanha e (in)felizmente, uma em Sevilha =D É uma rede de fast food que tem proposta vintage, tipo Pin Up e Vintage em Recife. Só que o hambúrguer é muuuuuuuuuuito mais gostoso e eles têm uns milk-shakes que já me deixaram nervosa sem nem ter experimentado =~~ Saquem só (gordinhos de plantão, tremei!):

Quero todos, djiga que pódje!


Vou ficando por aqui e espero, em breve, dar mais notícias. Resolvi que as fotos de Sevilha só vou postar quando estiver por lá :P Mas nem se aperreiem, porque não tem nenhuma foto minha, é tudo de paisagem. Quem tiver com saudade de me ver, olha a foto do facebook, ainda não mudei nadinha ahahahaha

Saudades, meus queridos

Valencia - Parte 1

Tem sido difícil tomar coragem para escrever por aqui com as coisas como estão acontecendo, mas hoje algumas pessoas me pediram notícias e resolvi, então, contar de uma vez só.

Como disse no post anterior, ontem cheguei à Valencia e, como ainda não podia ir para o meu quarto, resolvi deixar a mala na recepção e sair para um passeio na cidade.

Todo dia, às 11h, sai um "free walking tour" da Plaza de la Virgen. Para quem não conhece o esquema, um "free walking tour" consiste em um guia sair andando com um grupo de pessoas por pontos interessantes da cidade e falando um pouco da história, dos monumentos etc. Você não é obrigado a pagar, mas é de bom grado deixar uma gorjeta pela gentileza, né?

Pois bem, a Plaza de la Virgen fica rodeada pela Basílica de Nossa Senhora dos Desamparados e pela Catedral de Valencia. E lá há um monumento ao Rio Turia, que cortava a cidade (continuem lendo que explico o que aconteceu euheuhe)

O homem representa o Rio Turia e as mulheres são os seus afluentes

Passamos por mais um monte de lugares, mas acho que não interessa muito a vocês ficar aqui falando da história de Valencia (além de preguiça, fica também a curiosidade para vocês virem visitar essa cidade que é muito linda!).

Depois do "free walking tour", o mesmo guia fez um "tapas tour". Para quem não sabe, tapas são tipo "tira-gostos" e são típicas da Espanha. Há muitos bares onde você pede uma cerveja e eles servem algum tipo de tapas - na maioria das vezes é grátis.

Cerveja e comida? Não pensei duas vezes antes de me juntar ao grupo ehehehe Apesar de o guia ter convidado o pessoal do "walking tour" a única que apareceu fui eu, mas não fomos só eu e ele. Apareceram, também, uns amigos dele que moram em Valencia e foi muito legal! Só não foi melhor porque ficamos falando em inglês o tempo todo, mas nem esquentei muito, porque, aparentemente, meu espanhol já tá muito de boa para quem nunca estudou :P

Como esse post já tá ficando muito grande e sei que muitos de vocês vão ter preguiça de ler, vou fazer uma "Parte 2". Quem quiser descobrir por que o rio cortAVA e não corta mais a cidade, vai ter que ler ehehehe

Beijo grande, seus lindos

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Alôka do busão

Acabo de chegar em Valencia e tô morta com farofa! Peguei um bus à noite, crente que ia ser melhor porque conseguiria dormir e não ia perder o dia. Não contava eu que teria uma polonesa (?) louca do meu lado, que ficou no telefone a noite toda e rindo horrores porque o ônibus não queria pegar logo no começo. Até me mandou falar com uma amiga dela, que não estava acreditando que o ônibus não queria ligar e que, por isso, a amiga ia chegar atrasada Oo Resultado: dormi nada, né? Vim direto para o albergue, jurando que iam ser gente boa feito a galera de Sevilla e me deixar entrar logo no quarto, mas só posso fazer isso a partir das 14h (ainda não são nem 10h30 :P).

Burrica que sou, não consegui sacudir só umas camisas na mochila para deixar a mala grande no hostel de Sevilla, para buscar quando voltasse. Daí que estou com uma mochila pesada, uma bolsa a tiracolo (até tentei suprimi-la, mas não herdei o poder de organização da minha mamis =~~) e uma mala de 20kg, andando para cima e para baixo. Uma graça (só que não).

Pois bem, penso que vou deixar as coisas no locker aqui do hostel e sair para dar uma volta. Precisava só desabafar, para ver se descanso um pouco ehehehe Depois conto mais coisas de Sevilla - ontem foi bem legal, passei o dia andando com uns franceses que estavam no mesmo quarto do hostel que eu, mas os detalhes ficam para o(s) próximo(s) capítulo(s).

Beijos e saudades, meus queridos

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

O início da jornada

Salut, les amis!

Finalmente estou em terras espanholas, depois de ter perdido noçao do tempo num entra e sai infinito de aeroportos.

Saí de Recife às 6h do dia 31.12.12 e só cheguei em Sevilha às 11h do dia 1.1.2013 (considerando o fuso, passei umas 25 horas em trânsito :o). A imigraçao em Lisboa foi tranquilíssima, o cara só pegou meu passaporte, perguntou quanto tempo eu ficaria e bjo nao me liga!

Tudo corria lindamente bem, até chegar em Sevilha e descobrir que minha mala nao tinha vindo. Fazer o que, né? Fui logo lá no guichê, fiz a reclamaçao e o carinha, muito simpático, por sinal, me disse que é possível que a TAP tenha deixado a mala em Lisboa por conta do tamanho (ou falta de) da aeronave que fez o voo Lisboa-Sevilha. Como isso aconteceu com mais gente, acreditei e agora é esperar que apareça.

Chegando em Sevilha, peguei um ônibus e um metro (tranvía, na verdade) para chegar ao hostel. Foi facinho facinho e eu, desenrolada que sou, nem fiquei com medo nem nada ahahaha Ainda ajudei a uma chinesinha que tava vindo com a mae e tava meio perdida.

Assim que fiz check-in no hostel, a dona me deu um mapinha com as atraçoes turísticas daqui. Disse que tinha um rapaz terminando de arrumar o quarto, mas que eu já podia subir e me alojar. E nao é que esse cara é um brasileiro super gente boa? Já me deu altas dicas do que fazer por aqui, que lugares visitar e quais cidades nao posso deixar de conhecer. Como ele ainda tava arrumando as camas e limpando o banheiro (o quarto onde estou alojada tem 10 camas e 1 banheiro dentro, mas só tem 4 pessoas hospedadas e, até agora, tá tranquilo), saí para dar uma volta aqui por perto.

Voltei, tomei meu taaao desejado banho e Régis (o brasileiro que trabalha e mora aqui no hostel) disse que ia cozinhar alguma coisa para ele e me convidou para comer também. Ele fez um macarrao com legumes que tava uma delícia e foi meu almoço/jantar - só quando ele me chamou para comer foi que me dei conta que a última vez que tinha comido foi no voo Recife-Lisboa :o Por fim, ele falou que iria a um flamenco hoje com uma galera aqui do hostel e me chamou para ir. Só restava saber se vai estar aberto, já que hoje é feriado aqui e tá tudo fechado.

Pois bem, fico por aqui, porque estou usando o computador do hostel e ainda quero ligar para o aeroporto antes de ir curtir a noite sevilhana euheueheuhe

Bjs e saudades, meus queridos. Em breve tento postar algumas fotos que fiz hoje =)